Enquanto o mundo trabalha
Na luta contra o Corona
No Brasil, o presidente
Provocou a maior zona,
Negando os riscos que corre,
Do brasileiro que morre
Faz é piada bobona.
De ministros da saúde
Já estamos no terceiro.
Um militar sem preparo,
Gastando nosso dinheiro.
Na onda da Cloroquina,
Não combate, assassina
O ingênuo brasileiro.
Quem diz isso não sou eu,
A ciência é contundente,
Quanto ao tal medicamento
De cura ineficiente.
Tanto que os americanos
Retirou-o dos seus planos
Venderam tudo a gente.
O troféu da Cloroquina
Não nos torna vencedores
Apesar da vibração
De alguns dos seus seguidores
Bolsonaro não se apruma
Pra que a Covid se suma
E não nos cause mais dores.
Foi contra o isolamento
Brigou contra outras medidas
Propôs duzentos reais
Pra socorrer pobres vidas
Não é força de pronúncia
Virou alvo de denúncia
Pelas práticas genocidas.
Entidades, sindicatos,
Mais de cinquenta ao total,
Profissionais de saúde,
Numa Corte Internacional,
Acusam o presidente
Que vem sendo negligente
Com o combate viral.
Crimes contra a humanidade,
Genocídio, agressão
Além de crimes de guerra
São para Haia que vão.
A gravidade da vez
São o que faz e o que fez
“Nosso” chefe da nação.
O documento da queixa
Está bem fundamentado,
Cita as omissões do chefe
Com o vírus disseminado.
Os grupos tradicionais
E os bravos profissionais
Da saúde, sem cuidado.
São 64 páginas
A denúncia apresentada.
E menciona Gilmar Mendes
Que, de forma escancarada,
Indicou ser genocida
Quem quer defender a vida
Com política desastrada
O que o tribunal aceita
De punição não escapa
Bolsonaro ignorou
De OMS ao papa
Mas lá na Corte de Haia
Ficará de justa saia
Ou nu, para todo o mapa.
Se será aceita ou não,
A denúncia apresentada,
Levam meses pra dizer
Pois será bem apurada.
OCORDEL está atento
A decisão, no momento,
Ao leitor será levada.
Romildo Alves o Garotinho do Cordel
Foto: Mateus Bonomi/Estadão