Foi publicado esta quarta,
No Diário Oficial
Do município de Feira,
O veredito final
Para a desocupação
Do centro comercial.
Vendedores ambulantes
Agora estão obrigados
A deixarem as vias públicas
E ficarem alojados
Em um Shopping Popular
Com espaços alugados.
Até 15 de setembro
É o prazo determinado.
O plano da prefeitura
É polêmico e contestado.
Muitos camelôs resistem
E o barraco está formado.
Pr’Associação Feirense
Do vendedor ambulante,
Esse empreendimento
Não deu certo e segue errante,
Nas condições que são dadas
É um problema, revoltante.
Pra Pedro José da Silva
Que preside a entidade,
O prefeito tocou tudo
Pela arbitrariedade,
Sem aceitar os apelos
Vindos da comunidade.
“Oito meses de carência,
Pra o vendedor que mudar,
Parece uma coisa boa
Mas quando o prazo passar
Camelô não sobrevive
Nesse Shopping Popular”.
Pra ele, a partir daí,
As ruas não serão saídas
Para as pessoas que retiram
O sustento de suas vidas
Do comércio na cidade
Carente de outras medidas.
Segundo Pedro José,
O que solucionaria
Seria a realização
De uma simples parceria,
Entre as partes afetadas
Por essa longa porfia.
A prefeitura destina
Nove mil metros quadrados,
Pra serem, exclusivamente,
Pelos camelôs, usados
E os empresários teriam
Seus espaços reservados.
Onde investiram fariam
A pretensa exploração.
Isso não obrigaria
Que houvesse a taxação
Do valor empresarial
Ao “pacato cidadão”.
Mas só que, infelizmente,
Esse acordo não foi feito,
E os vendedores estão
Revoltados com o prefeito.
Já que nem o próprio Shopping
Tá acabado direito.
Acusam que a prefeitura
Não vem cumprindo um acerto,
Já apareceu com outro,
Que é um violento aperto,
Por isso não se retiram
“Da quebra pro desconserto”.
Em 18 de setembro
O que vamos celebrar?
Uma Feira de Santana
Ou um Shopping Popular?
Para enclausurar a feira
E o povo não trabalhar?
OCORDEL segue de olho
Nessa determinação,
Se até o dia 15
Os camelôs sairão,
E onde as feiras de Feira
Doravante brotarão.
Romildo Alves O Garotinho do Cordel